O futuro de Dorival Júnior no comando da Seleção Brasileira está mais incerto do que nunca. Após resultados decepcionantes e escolhas contestadas, a CBF analisa qual será o próximo passo para a equipe nacional. A tendência natural seria demitir o treinador de imediato. No entanto, o cenário é mais complexo do que parece: o plano de Ednaldo Rodrigues é tentar, até o fim do Super Mundial de Clubes, um acerto com Carlo Ancelotti. Isso gera um impasse nos bastidores.

Por enquanto, não há intenção de devolver o cargo interino a Ramon Menezes, pois a diretoria da CBF teme expor ainda mais o presidente. Assim, a permanência temporária de Dorival pode ser a saída para evitar maiores turbulências. Há quem defenda segurá-lo até a próxima convocação para as Eliminatórias, na tentativa de garantir a classificação para a Copa do Mundo. O Brasil precisa de apenas quatro pontos nas próximas rodadas, e manter Dorival poderia ser um “mal menor” — pelo menos até um nome de peso estar disponível.


Esse cálculo político da CBF, no entanto, contrasta com a revolta de parte da torcida, especialmente a do Botafogo, com a incoerência nas convocações. Após confiar em jogadores do clube para reerguer a Seleção, como Igor Jesus, Luiz Henrique e Alex Telles, Dorival optou por ignorá-los mesmo após uma temporada histórica do Glorioso, campeão da Libertadores e do Brasileirão.
Igor Jesus, por exemplo, foi o último centroavante da Seleção a balançar as redes.


Apesar do bom desempenho, não voltou a ser chamado. Luiz Henrique, eleito Rei da América, também ficou de fora, enquanto Dorival improvisava Endrick fora de posição em derrota para a Argentina. Já Alex Telles perdeu espaço para nomes como Alex Sandro e Guilherme Arana, mesmo com regularidade e experiência internacional.
A situação torna-se ainda mais delicada diante do risco de instabilidade institucional. Dorival perdeu respaldo popular, não inspira confiança no elenco e agora enfrenta desconfiança interna na CBF. O destino da Seleção está nas mãos de Ednaldo Rodrigues. Uma definição que pode marcar o futuro da equipe rumo ao Mundial de 2026.
A opinião de um artigo assinado não reflete necessariamente a opinião do site, é o ponto de vista exclusivo do autor que elaborou o artigo.