O Botafogo agiu com rapidez para evitar um problema sério nos bastidores. O clube quitou nesta quarta-feira (26/3) a dívida de US$ 452 mil (aproximadamente R$ 2,6 milhões) com o Guaraní, do Paraguai, referente à contratação do atacante Matías Segovia, conhecido como Segovinha. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

Com o pagamento realizado, a diretoria alvinegra enviou à FIFA o comprovante da quitação e solicitou a baixa imediata do processo. O objetivo era claro: impedir que o Botafogo fosse penalizado com o chamado transferban, sanção que impede clubes de registrarem novos jogadores em janelas de transferência enquanto estiverem inadimplentes em negociações internacionais.
Esse tipo de punição, aplicada pela FIFA, já afetou outras equipes ligadas ao empresário John Textor.


O Lyon, por exemplo, passou por um transferban em 2023 devido a problemas financeiros, o que travou temporariamente o planejamento do clube francês. O bloqueio impede não só novas contratações, como também pode atrapalhar acordos já em andamento, prejudicando o desempenho esportivo e a gestão do elenco.


No caso do Botafogo, a diretoria optou por resolver o imbróglio antes mesmo da formalização da sanção. Embora ainda haja repasses pendentes com o Guaraní, eles não estão relacionados diretamente à aquisição de Segovinha e, portanto, não colocam o clube em risco de nova denúncia no momento.
Vale lembrar que Segovinha está atualmente emprestado ao Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, e é visto como um ativo promissor. Sua negociação envolveu cifras relevantes para os padrões do futebol sul-americano, e qualquer entrave contratual poderia gerar impacto financeiro e esportivo no futuro. Ao antecipar a resolução da dívida, o Botafogo reforça sua intenção de manter a regularidade administrativa, evitando as dores de cabeça que já atingiram clubes até mesmo dentro do próprio grupo Eagle.